Marco Bousende
Carlos Moedas venceu as autárquicas em Lisboa, sendo que esta vitoria ( acompanhada das do Funchal e Coimbra) dão um novo fôlego a Rui Rio. Seria à partida algo para festejar em São Caetano, contudo o aumento das probabilidades de manutenção da liderança de Rio poderá ser uma derrota a prazo.
André Ventura conseguiu uma implantação nacional. Quer se queira ou não, esta é uma realidade. Contudo os resultados ficaram atrás das expectativas do próprio. Mais difícil parece poder ser lidar com alguns dos eleitos, escolhidos à pressa num partido com poucos quadros. Não é de excluir embaraços futuros com os ditos.
Francisco Rodrigo dos Santos manteve câmaras emblemáticas e conseguiu festejar com as coligações do PSD. À partida é um vencedor, mas este desaparecimento mediático via secundarização no seio das coligações poderá contribuir para o estertor dos centristas.
A Iniciativa Liberal conseguiu concorrer a algumas dezenas de câmaras, maioritariamente urbanas. Na periferia de Lisboa não se esperavam grandes resultados pelo contexto socioeconómico e politico. Contudo o litoral norte, teoricamente mais recetivo à mensagem, não trouxe os enormes resultados. A maior vitoria da IL será ter-se livrado do ónus daquela que poderia ter sido a derrota de Moedas. Uma lição que tem de ser aprendida pois os eleitores de Roma não pagam a traidores, ainda que involuntários.