Os trabalhos da direita no Porto

Telmo Azevedo Fernandes

 

Com a eleição pelo Bloco de Esquerda de um vereador para a Câmara do Porto adensa-se o risco de uma influência acrescida na tomada de decisão de políticas danosas para a cidade.

O Bloco sintetiza de forma especialmente competente tudo aquilo que deveria ser evitado para um Porto sem amarras estatais e não-refém de modas proto-fascistas.

O CDS e a IL, que ao longo dos oito anos dos dois mandatos anteriores não fizeram notar aos munícipes ter autonomia crítica relativamente à gestão e políticas de Rui Moreira, têm agora uma responsabilidade acrescida para evitar concessões a derivas estatizantes.

O movimento independente de Rui Moreira criou uma corte de seguidores na cidade, mas como nasceu e viveu demasiado centrado nas qualidades políticas e de gestão de Rui Moreira, será difícil continuar a ter um papel relevante em próximas eleições com outro protagonista. Assim, para daqui a quatro anos não deixar cair a cidade numa nova governação socialista, o PSD deverá liderar ao longo deste mandato (alheio a idiossincrasias e desinteligências pessoais do actual líder do partido com o presidente da câmara) a construção de uma solução a apresentar ao eleitorado em conjunto com o CDS e a IL.

O resultado de Moedas em Lisboa poderá dar conforto a que entendimentos se venham a conseguir futuramente também no Porto.

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